Destinado ao relato de experiências, reflexões e propostas sobre educação, arte, meio ambiente, movimentos sociais, vegetarianismo,transdisciplinariedade a partir de uma proposta de transformação social.
SINVAL SANTOS
"A todo e qualquer momento,
Em toda e qualquer ação
Deixe fluir o sentimento
Leve da meditação."
Em toda e qualquer ação
Deixe fluir o sentimento
Leve da meditação."
domingo, 11 de outubro de 2015
sábado, 10 de outubro de 2015
SARAU DOS ARTISTAS DA MARAMBAIA
Dando
continuidade a execução de projetos extra classe para o noturno elaborado ainda
sobre a supervisão da educadora Cris Rodrigues enquanto técnica, os
educadores da EJA da Escola Municipal Palmira Lins de Carvalho, pretendendo realmente cumprir seu papel na promoção de um espaço realmente educativo em que se valorize a Arte feita pela comunidade, assumiram novamente a iniciativa que as autoridades governamentais ligadas às diversas formas de linguagens artísticas não estão assumindo de maneira satisfatória. Assim, promovemos no dia 8 de outubro, o Sarau dos Artistas da Marambaia, com a participação de pessoas que moram ou trabalham no bairro, incluindo professores e alunos que também tem uma produção artística. .
Agradeço a postagem da caríssima companheira Liduina Bringel, da qual a proveito algumas fotos e a iniciativa, para reiterar a necessidade da promoção de um momento muito importante que outras escolas precisam repetir em todos os bairros promovendo a educação pela Arte e um movimento de resistência artística. Realmente, o Sarau dos Artistas do Bairro da Marambaia, proporcionou a todos uma noite maravilhosa feita para nos afastar um pouco mais da televisão e nos aproximar mais dos artistas que existem e resistem em nosso bairro e que realmente precisamos conhecer e valorizar, pois, muitos deles têm mais talento do que muitos que estão na mídia.
Tivemos uma boa participação de alunos do turno da tarde, mas, apesar dos esforços que precisam ser repensados, ainda observamos problemas não só com a freqüência de um público maior, mas também com a qualidade da atenção que é oferecida aos artistas e também a estrutura espacial, pois apesar da escola ter uma prática muito voltada para arte, ainda não temos um auditório e de uma estrutura de som que é claro, precisa ser melhorada.
Apesar da ausência de vários participantes anunciado, inclusive alguns dos quais haviam confirmado presença, tivemos um bom evento com a participação de JBA (Jonathas Barbosa), Heraldo Góes, Flávio da Gama, Professor Max Borges, Reginaldo César, Cris Rodrigues, Junior Reiko, Maria Esperança , Grupo Lítero Musical Som Maúma. Estiveram também, apresentando composições musicais feitas a partir da realização do Projeto “Eu Digo Não ao Bullying”, criado pela professora Suellen Silvia, as alunas Shuianne Lobo, Dilana Fox, Thafne Mikaele e Manuele Rosa. Tivemos a presença do Paulo Bico Rocha, fotógrafo e cinegrafista cobrindo o evento.
Vale ressaltar, entre tantos fatos bonitos na ocasião, logo no início do evento, a apresentação de quatro gatinhos abandonados e encontrados pelo Junior Reiko, grande roqueiro do bairro e seus amigos que os trouxeram para adoção, sendo que até o final da noite, três foram adotados.
Ressaltamos mais uma vez a presença do Apolo da Caratateua que vencendo uma grande distancia, veio de sua querida ilha para prestigiar o evento e fazer divulgação de seu novo livro "Guapiando Sonhos na Ilha de Caratateua" que será lançado no próximo dia 27 de outubro no Espaço Cultural do Sesc Boulevard às 18 h com a presença de vários artistas entre eles Alfred Moraes, Cris Rodrigues, Fernando Pessoa, Grupo Lítero Musical Som Maúma, Hugo Caetano, Izarina Tavares, Jeová de Barros, Marcio Galvão, Necy Bofim, Renato Gusmão, Rita Melém, Rui do Carmo, Robertinha, Rosangela Machado, Roseli Sousa.
Pretendemos fazer desse evento de lançamento, mais um momento com a escola Palmira Lins, pois estamos nos programando para levar duas turmas para o mesmo.
Agradecemos a presença de alguns pais que estiveram presentes, bem como a presença do professor Angelo Cleiton, ex-aluno da escola, acompanhado de sua esposa e filho, não só um militante sindical pela educação pública de qualidade, mas também da arte de base.
Precisamos fazer nossa própria mídia alternativa, nossos próprios saraus de bairro, articular e trazer mais público para a Arte de qualidade que ainda está escondida em baixo do entulho da burocracia e da falta de incentivo governamental e que só tende a aprimorar sua qualidade quanto mais for mostrada ao público. E viva a escola com Arte e viva a escola viva!
domingo, 6 de setembro de 2015
E VIVA O BRASIL!
Acredito
que tenhamos que ficar mais atentos e preocupados, pois esses últimos tempos em
que se observa pessoas cheias de ódio pedindo o retorno da ditadura estão culminando
com os dias sombrios de setembro em que a Prefeitura de Belém retoma a ordem de realização dos desfiles
estudantis e essas ordens são obedecidas mesmo com tantas mazelas acontecendo
nas escolas em que se esquecem os
problemas que já eram comuns, como a
falta de construção de um PCCR (Plano de Carreira Cargos e Salários) que nos
leve à um salário digno e boas condições
de trabalho, a falta de democracia, pois carecemos do direito de escolher através do voto nosso
próprios gestores, a falta de salas
ventiladas, a falta de água para os professores beberem que tem que pagar pela
mesma, ou tomar a água que os alunos bebem que é de má qualidade, salas de aula
superlotadas e mal ventiladas aliadas a falta de água não só na escola, mas
também no bairro de maneira infernal e
permanente que reforçada pelo calor das
salas aumenta o mau humor e violência no
interior e no entorno das escolas, fazendo adoecer educadores e alunos. Nesse
assunto, temos que ter uma atenção especial, pois vale lembrar a crise do
abastecimento de água que o governo do PSDB
está conseguindo promover em São Paulo e ficar cauteloso com sua
política de privatização em que vende se o patrimônio público e não se vê bons
resultados, como fizeram com a CELPA.
Poema-canção "E Viva o Brasil" |
Tem acontecido também, redução de equipes de
trabalho como aconteceu com os técnicos da EJA e com os técnicos lotados em escolas
recentemente transferidas, a crescente diminuição de turmas do noturno redundando
em diminuição de cargas horárias. Nesse quadro caótico, vemos profissionais que tem que entrar com
recursos na justiça para garantir suas
vagas nos concurso ou para conseguirem ter direito à aposentadoria e com tudo
isso acontecendo ainda vemos os educadores participando e incentivando os
alunos que atendem com alegria embora
saibamos que muitos pais deram como resposta que não deixariam seus filhos
participarem justamente por estarem insatisfeitos com a gestão municipal.
E assim, vale lembrar a necessidade que
temos de protestar como fizeram recentemente com apoio do SINTEPP e dos movimentos estudantis, alunos juntamente
com professores da Escola Estadual Integrado Francisco Nunes, outras escolas do
bairro da Marambaia e muitas outras
escolas sob a administração do governador Simão Jatene em Belém e pelas
diversas localidades do Pará, descontentes
com o tratamento não só visualizado nos espaços escolares, mas com o que recentemente temos visto acontecer contra os professores da rede estadual com descontos
indevidos, injustos e equivocados em seus salários.
Para reforçar esses movimentos sem perder a
ternura, precisamos retomar ações artísticas nas praças, centros comunitários,
escolas e igrejas nos bairros como o “Show da Independência” organizado por
membros da Teologia da Libertação nos anos 80 na Igreja Nossa Senhora de Aparecida
tendo enquanto padre o João Maria Van Doren.
Precisamos participar do “ 21º Grito dos
Excluídos” que esse ano tem enquanto tema “Vida em Primeiro Lugar”, “Que país é
este, que mata a gente, que a mídia mente e nos consome?” Nesse movimento
encontramos muitas pessoas que estão lutando individualmente ou em grupos por
um mundo melhor pela base e mais próximos da população pobre como sindicatos,
associações, igrejas progressistas.
Precisamos retomar as marchas, não por uma
determinada escola com suas bandeiras e uniformes, mas, pela educação como um todo, livre, laica,
rebelde e pensante. Não por uma determinada
Pátria que separa os países com suas fronteiras e prepara nossos jovens para a
guerra conforme a vontade de velhos políticos em nome do patriotismo, mas sim,
em nome da fraternidade universal que permita acolher e ser acolhido enquanto refugiado
de conflitos promovidos e patrocinado por pessoas que acreditam no patriotismo, nas bandeiras, nas
fronteiras e na superioridade de suas
concepções em relação às dos países vizinhos.
Precisamos perceber que a independência tão
comemorada em uma data específica é uma grande farsa e que a independência
verdadeira precisa ser construída diariamente através do conhecimento da história
da humanidade e de nós mesmos com o livre pensar que não depende de pátria ,
religião, e de partido nenhum.
Assinar:
Postagens (Atom)