SINVAL SANTOS

"A todo e qualquer momento,

Em toda e qualquer ação

Deixe fluir o sentimento

Leve da meditação."

domingo, 6 de setembro de 2015

E VIVA O BRASIL!




Acredito que tenhamos que ficar mais atentos e preocupados, pois esses últimos tempos em que se observa pessoas cheias de ódio pedindo o retorno da ditadura estão culminando com os dias sombrios de setembro em que a Prefeitura de Belém  retoma a ordem de realização dos desfiles estudantis e essas ordens são obedecidas mesmo com tantas mazelas acontecendo nas escolas em que se esquecem  os problemas  que já eram comuns, como a falta de construção de um PCCR (Plano de Carreira Cargos e Salários) que nos leve à um  salário digno e boas condições de trabalho,   a falta de democracia, pois carecemos  do direito de escolher através do voto nosso próprios gestores,  a falta de salas ventiladas, a falta de água para os professores beberem que tem que pagar pela mesma, ou tomar a água que os alunos bebem que é de má qualidade, salas de aula superlotadas e mal ventiladas aliadas a falta de água não só na escola, mas também no bairro de maneira  infernal e permanente que reforçada pelo  calor das salas aumenta o mau humor e  violência no interior e no entorno das escolas, fazendo adoecer educadores e alunos. Nesse assunto, temos que ter uma atenção especial, pois vale lembrar a crise do abastecimento de água que o governo do PSDB  está conseguindo promover em São Paulo e ficar cauteloso com sua política de privatização em que vende se o patrimônio público e não se vê bons resultados, como fizeram com a CELPA.
Poema-canção "E Viva o Brasil"
            Tem acontecido também, redução de equipes de trabalho como aconteceu com os técnicos da  EJA e com os técnicos lotados em escolas recentemente transferidas, a crescente diminuição de turmas do noturno redundando em diminuição de cargas horárias. Nesse quadro caótico, vemos  profissionais que tem que entrar com recursos  na justiça para garantir suas vagas nos concurso ou para conseguirem ter direito à aposentadoria e com tudo isso acontecendo ainda vemos os educadores participando e incentivando os alunos que atendem  com alegria embora saibamos que muitos pais deram como resposta que não deixariam seus filhos participarem justamente por estarem insatisfeitos com a gestão municipal.
        E assim, vale lembrar a necessidade que temos de protestar como fizeram recentemente com apoio do SINTEPP  e dos movimentos estudantis, alunos juntamente com professores da Escola Estadual Integrado Francisco Nunes, outras escolas do bairro da Marambaia  e muitas outras escolas sob a administração do governador Simão Jatene em Belém e pelas diversas localidades do Pará,  descontentes com o tratamento não só visualizado nos espaços escolares, mas com o que  recentemente temos visto acontecer contra  os professores da rede estadual com descontos indevidos, injustos e equivocados em seus salários.
    Para reforçar esses movimentos sem perder a ternura, precisamos retomar ações artísticas nas praças, centros comunitários, escolas e igrejas nos bairros como o “Show da Independência” organizado por membros da Teologia da Libertação nos anos 80 na Igreja Nossa Senhora de Aparecida tendo enquanto padre o João Maria Van Doren.
   Precisamos participar do “ 21º Grito dos Excluídos” que esse ano tem enquanto tema “Vida em Primeiro Lugar”, “Que país é este, que mata a gente, que a mídia mente e nos consome?” Nesse movimento encontramos muitas pessoas que estão lutando individualmente ou em grupos por um mundo melhor pela base e mais próximos da população pobre como sindicatos, associações, igrejas progressistas.
    Precisamos retomar as marchas, não por uma determinada escola com suas bandeiras e uniformes, mas,  pela educação como um todo, livre, laica, rebelde e pensante.  Não por uma determinada Pátria que separa os países com suas fronteiras e prepara nossos jovens para a guerra conforme a vontade de velhos políticos em nome do patriotismo, mas sim, em nome da fraternidade universal que permita acolher e ser acolhido enquanto refugiado de conflitos promovidos e patrocinado por pessoas que acreditam     no patriotismo, nas bandeiras, nas fronteiras  e na superioridade de suas concepções em relação às dos países vizinhos.

    Precisamos perceber que a independência tão comemorada em uma data específica é uma grande farsa e que a independência verdadeira precisa ser construída diariamente através do conhecimento da história da humanidade e de nós mesmos com o  livre pensar que não depende de pátria , religião, e de  partido nenhum.